Estimular ou empurrar?

Por inocência ou ignorância gastamos nossas forças deliberadamente, até que compreendemos o limite entre estimular e ‘empurrar’.

Compreendemos que estimular - o fazemos com amor, exemplos, palavras e ações.

E os ‘estimulados’, estes se aproximam por afinidade e continuam - sempre - a caminhar (longe ou perto) já comprazidos de incentivos.

Vão com o coração aberto. Esperançosos. Buscando. Prontos para tentar, recomeçar e continuar.

Compreendemos que empurrar é forçar.
Queremos tanto que os ‘empurrados’ também consigam, que se encontrem e que sintam que por amor (erroneamente) os empurramos com nossas próprias mãos.
Mas, estes ainda estão com os olhos voltados para ‘trás’. Presos nas próprias limitações e medos. Até querem, mas não se esforçam – o suficiente.

Não que tenhamos que desistir – e sim parar de empurrar. Continuamos ali. Próximos. Talvez como apoio e arrimo e quem sabe um DIA então: como ESTÍMULO.

As forças demasiadamente gastas em ‘empurrar’, certamente serão mais benéficas em ações voltadas a àqueles que apenas aspiram de estímulos para o seu ‘realizar’.

Cada qual, há seu tempo, despertará e encontrá em seu íntimo o ESTIMULO necessário para o recomeço.

Particularmente tenho prazer em estimular, mas confesso que há tempos - a ‘muitos’ venho empurrando.
E não mais o farei.
Deixarei apenas ‘flores, lembretes e sutilezas’ - visíveis pelo caminho - para que no momento certo sejam 'lidos' como estímulos – pequenos estímulos – mas na suficiência necessária.
Texto: Helenice Queiroz