terça-feira, 7 de setembro de 2010

revolta


Se eu pudesse gritaria ao mundo inteiro agora e desabafava minha indignação.
Mas, em primeiro lugar não entenderiam nada.
Em segundo, incomodaria muita gente.
Em terceiro, “estourava” minhas cordas vocais.
Então, melhor seguir em silêncio
Apenas impostando a voz, quando necessário
E, deixando que a vida exponha a verdade!
Tenha eu, meu Deus, forças, paciência e compreensão!

Helenice Queiroz

domingo, 5 de setembro de 2010


Aprendemos nas lições da vida
que nada ao certo sabemos
a não ser que muito ainda temos a entender.
Helenice Queiroz

E o que nunca seria, hoje vive nas lembranças ou talvez seja de fato a realidade. Não creio haver mudança impraticável ou impossível que não maravilhe por torna-se fato. Muitas vezes o não afirma o sim ainda por conceber, e o talvez se compreende com uma certeza ainda de acepção apropriada pela vaidade de não ceder.
Um dia se sentirá livre suficientemente para entregar-se ao incondicional impulso do querer mais intenso que hoje vive oprimido pelo temordo julgamento de outrem.

Helenice Queiroz

Falo-me em silêncio


Pode muito disso não ser real. Apenas devaneios de um coração que anseia. Mas, e por que não? Sem julgamentos, apenas sentimento. Irreal, talvez... Mas se é parte de mim torna-se substancialmente importante. E diga o que quiseres, eu acredito, eu sempre acreditei e por além dos dias continuarei acreditando. Nada sei do que será. Porém, sei que o que for será sempre o deve ser, talvez não o melhor, mas o necessário. Não cabe a mim o controle e, sim o arranjo das flores para que o momento seja singular. Entre abismos súbitos, pausas delineadas e vôos primorosos, eu sigo. E, no passar dos instantes a incerteza não é a única certeza, quando há também vontade, desejo e aspiração. Tudo isso? Imaginação? Indaga-me a alma no silêncio estridente de pensamentos que brotam e submergem. Assim tudo permanece na absoluta agitação que nos compõe.

Helenice Queiroz