quinta-feira, 28 de julho de 2011

cara lima, alma lavada

Passamos quase uma vida lutando pelo melhor.
Até que um dia descobrimos que o melhor é justamente não lutar.
Que tudo aconteceu em nossa vida conforme nossa vontade, consciente ou não.
Que as perdas foram necessárias.
Que os fracassos na verdade foram as experiências que mais nos proporcionaram crescimento.
Que as vitórias não eram o fim da estrada e sim, o início de uma nova jornada.
Percebemos o quão importante são as pessoas da nossa família, nem por isso, fáceis de lidar, mas necessárias, verdadeiras dádivas.
Descobrimos o valor imensurável da amizade verdadeira e despretensiosa.
Entendemos que amar será um capítulo a parte, o qual terá que ser relido inúmeras vezes, para uma compreensão inicial.
Deixamos cair nossas máscaras. Saímos do casulo.
Seguimos de ‘cara limpa’, alma lavada e sorriso estampado.
E, encaramos de peito aberto, amorosamente, os desafios de sermos nós mesmos.
Helenice Queiroz


feito água cristalina









Quando nos livramos do medo e da ansiedade a vida simplesmente flui.
Como num rio de águas cristalinas.
Não que não existam mais pedras ou corredeiras em seu curso.
Mas a água agora, serena e decidida, apenas os acaricia em seu percurso.
E vai sorrateiramente feliz, rumo ao seu destino que é a imensidão do oceano
Helenice Queiroz

quarta-feira, 27 de julho de 2011

sementinha

Hoje uma amiga me disse que o ‘despertar’ nos faz sentir ‘pequenininhos’. Não menores ou inferiores. Mas, pequenos diante da imensidão que é o universo e seus ensinamentos.  E, é exatamente como estou me sentindo. Sinto-me como uma sementinha que após longos anos iniciou se processo de crescimento, o qual ainda é muito sutil. Sinto que finalmente os raios do sol me alcançaram e pude mover-me e em direção a eles. Durante esse movimento observei que há outras sementes também germinando no mesmo terreno que hoje me situo. Tão bem me fez, colocar ‘as delicadas folhas’ para além a terra e tomar consciência de um objetivo maior: crescer, fortalecer, desenvolver e florescer. Sem pressa. Sem medo. Observando cada mudança, cada gesto e emoção. Desfrutando a alegria mais doce e singela se redescobrir.
Helenice Queiroz

segunda-feira, 25 de julho de 2011

minha nova jornada

Vivi anos e anos no piloto automático.
Atendendo solicitações.
Cumprindo rotinas e papéis.
Tentando entender o mundo e as razões que levavamas pessoas a agirem de determinada forma.
Sempre buscando algo. Quando na verdade não sabia o realmente eu queria.
Acreditei que as conquistas, os anos, as pessoas me trariam repostas para perguntas que nem chegei a formular.
Convivi tempo demais com os meus medos, disfarçando-os rigidamente.
Encobri meu passado e a minha essência com as características da pessoa que eu deveria ser.
Sustentei pesos desnecessários. Sempre tentando não errar.
Tentando fazer o certo pro mundo, sem perceber que ao dizer sim aos ‘outros’, dizia não para mim.
Vivi dia após dias, na esperança do amanhã clarear a escuridão que existia bem no fundo da minha alma. Porém todos os temores e sentimentos negativos continuavam sempre ali, prensados, bem no cantinho da ‘minha pessoa’.
Claro que houve incontáveis momentos de prazer, de aprendizado e de crescimento.
Mas muitos deles foram ao levados ao extremo e roubaram quase que imperceptivelmente minha paz, tranqüilidade, serenidade, suavidade, alegria e docilidade que antes eram características tão marcantes em mim.
E com o tempo eu me tornei aquela que deveria, que faria, que estaria, que poderia.
Quando na verdade, ainda havia muito de uma criança imatura, solitária, insegura e temerosa que não se permitia ver, sentir, pensar ou agir verdadeiramente. Esse caminho de percalços e embaraços, não poderia ser diferente. Levou-me a uma vida supostamente feliz enquanto que no mais profundo do meu ser havia constantemente uma tempestade interminável de pensamentos alvoroçados, inconstantes
e algumas vezes até sombrios.
Até que em meio a dias realmente ‘cinzas’, ‘caminhando para baixo’, eu levantei a bandeira e
busquei auxílio. Vi então uma pequena luz, singela, porém me agarrei a ela com muita esperança. Caminhei a passos lentos na direção indicada e ela tomou proporções maiores. Parei, sentei e chorei, muito. Meu corpo chorou. Minha alma chorou, pois, no final do caminho a luz me fez ver a mim mesma exatamente na confusão existencial em que me encontrava.
As lágrimas por sua vez, lavaram redondamente as sombras e vendas que ainda permeavam minha jornada. E mais segura do que nunca, sentindo-me amparada por mim mesma, por Deus, pelo Universo e pela vida, levantei-me e retomei a caminhada.
Com uma nova visão límpida e ampla pude ver alternativas e opções que sempre estiveram bem aqui e que nunca havia antes notado. De peito aberto me dispus a tentar. Literalmente respirei fundo e parti rumo à descoberta desse ‘novo mundo’.
Entrei em contato então, novamente com minha essência. Retomei alguns hábitos e iniciei incontáveis outros em benefício da minha saúde física, mental e espiritual. Deu-se inicio um processo de transformação, o qual estou vivenciando com muito calma e receptividade. Sinto-me como se finalmente estivesse começando ver a real grandeza do mundo, das pessoas e da evolução. Percebo que quanto mais eu me conheço e me permito, mais fácil se torna lidar com todas as situações e seus componentes. E, desde então, os ‘milagres’ tem sido diários e compensadores. As novas experiências têm me proporcionado uma compreensão muito maior e melhor de mim e do universo. Continua... qualquer dia desses...
Helenice Queiroz

sábado, 23 de julho de 2011

Entramos no Piloto Automático
quando perdemos o contato com nossa verdadeira essência!
E deixá-lo guiar nossa vida é deixar de viver
e se contentar em existir.
Desligue-o o mais breve possível
e assuma novamente a direção da sua vida
rumo ao aqui e agora!

Helenice Queiroz

quinta-feira, 14 de julho de 2011

maturidade

Maturidade
não tem haver com idade ou seriedade
E sim, com ação e atitude CONSCIENTE.
CONSCIÊNCIA
dos benefícios e da importância
de manter o coração e os pensamentos
serenos, abertos ao ‘novo’ e felizes.
Helenice Queiroz


sábado, 9 de julho de 2011

pés no chão de encontro a você










Tira o tapete.
E, com os pés descalços
Sinta o chão.
Gelado.
Com atenção,
Caminhe.
Sorrateiramente.
De encontro a você.
E assim como o tapete
Livra-se das barreiras e limitações
Permitindo-se
Sentir por inteiro
Tuas delícias e dissabores.
Helenice Queiroz